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Xenofobia, uma doença que veio com o Coronavírus

Redacção AJPD
12/5/2020

Já são mais de 193 países, territórios e áreas independentes afectados pela pandemia do novo coronavírus. Da Ásia à África, da Austrália ao Canadá, do Brasil à Europa, diversas pessoas sofrem com a disseminação de um vírus que atingiu mais de 3.104.330 pessoas e fez 217.439 mortes.

Mesmo com todas as informações da situação, há pessoas mal informadas ou que persistem em associar a doença a uma raça. Ataques xenofóbicos são registrados em várias partes do mundo, quase directamente proporcional ao aumento do número de casos. Diante disso, africanos e descendentes sãos os que mais sofrem. Desde que o vírus se espalhou pelo mundo e chegou de forma intensa aos órgãos de comunicação, as autoridades chinesas estão supostamente testando à força,colocando em quarentena e tratando desumanamente os africanos na província de Guangdong em particular. Essa discriminação e estigmatização dos africanos pelo qual eles são obrigados a submeterem-se à força à investigação epidémica, ao Teste de Ácido Nucleico e a catorze dias de quarentena, mesmo que não tivessem viajado para fora de suas jurisdições, entrado em contacto com pessoas infectadas ou mostrado qualquer sintoma de COVID-19, está em violação das leis e princípios internacionais de direitos humanos.

É desumano e contra todos os princípios de dignidade e humanidade comum que deveriam orientar idealmente as relações CHINA-ÁFRICA. Testar apenas africanos é um acto xenófobo e racista.